Hoje é muito difícil de separar a fé e o comércio religioso. O comércio lucrativo das multimilionárias igrejas com seus vendedores de uma falsa esperança estão cada vez mais profissionais, suas falas se entranham com textos bíblicos incompletos e mal trabalhados, que são extirpados pelos desejos de consumo, e a busca por uma pseudo-felicidade. As mensagens estão entranhadas entre expressões teatrais e cenas de poder e autoridade, como o falar em línguas, expulsão de demônios ou ministrações longas e com pitadas de choro levam os fiéis cada vez mais a busca de um segredo. A pergunta fundamental deste ciclo é "como manipular Deus para fazer o que você quer?"
Na busca pelo segredo se perde o sagrado, que só é possível ser encontrado por aqueles que transcendem os desejos e anseios da vida e dos nossos desejos e vão até os desejos daquele a quem buscamos. A igreja de hoje esta mais preocupada em conseguir de Deus os seus favores, em ser abençoada e conseguir ter o poder de Deus, mas a esperança que um dia foi trazido com a ação do ressuscitado, a esperança que nos faz passar pela vida, que é a própria contradição de Deus contra a morte e o sofrimento, que é a nossa alegria e vida, que é o que nos da felicidade e que na verdade é a nossa felicidade.
Mesmo que as falas de hoje nos leve a essa pseudo-felicidade, não há nada que possa nos enganar, pois a felicidade verdade nos dada por Cristo, não se refere às coisas passageiras e terrenas, mas são integrais e resplandece por todo o nosso ser, não apenas alma ou corpo, mas no ser, não apenas na sua comida ou em seus desejos, mas na vida plena e abundante o ressuscitado quer lhe dar.